Bloco K: entenda o que é e seu impacto nas indústrias

Uma nova corrida contra o tempo tem ocorrido dentro das indústrias brasileiras, para que todo o controle de estoque e produção esteja adequado as novas regras fiscais que acompanham o Bloco K. Para auxiliar sua indústria neste processo de adaptação, desenvolvemos este artigo. Acompanhe agora as principais dúvidas dos empreendedores e gestores sobre o SPED Fiscal e o Bloco K.

O que é o SPED Fiscal?

A sigla SPED refere-se ao Sistema Público de Escrituração Digital. Este sistema consiste na modernização do cumprimento das obrigações fiscais, que são transmitidas dos contribuintes aos órgãos fiscais.

Uma das vertentes do SPED é Escrituração Fiscal Digital (EFD), que também recebeu o nome de SPED Fiscal. Este arquivo digital informa todos os documentos fiscais emitidos pela empresa, bem como outras informações necessárias para os fiscos federal, estadual e municipal.

É dentro do SPED Fiscal que se encontra o Bloco K.

O que é o Bloco K?

O bloco K é um dos livros fiscais presentes no SPED Fiscal. Este livro contém os registros de controle da produção e do estoque na versão digital. O controle de produção era um ponto ainda inconstante na declaração fiscal das empresas, o que não ocorrerá mais. O Bloco K terá todas as informações solicitadas pelo fisco, podendo apontar variações de consumo de materiais e diferenças no inventário.

Qual a obrigatoriedade do Bloco K?

O Bloco K passará a ser obrigatório a partir de janeiro de 2017. A obrigatoriedade é válida para indústrias ou empresas equiparadas a indústrias e atacadistas, exceto empresas optantes pelo Simples Nacional ou MEI.
Caso a empresa não transmita as informações em seu SPED Fiscal, poderá ser multada pela Receita Federal, ou então ter suspensos os serviços disponibilizados por este órgão, como a emissão de Notas Fiscais Eletrônicas.

Informações constantes

As informações que são requeridas no Bloco K, e devem ser transmitidas ao fisco são:

  • A quantidade produzida;
  • A quantidade de materiais consumida;
  • A quantidade produzida em terceiros;
  • A quantidade de materiais consumida na produção em terceiros;
  • Todas as movimentações internas de estoque que não estejam diretamente relacionadas à produção;
  • A posição de estoque de todos os seus produtos acabados, semiacabados e matérias primas, separando:
    – Materiais de propriedade da empresa e em seu poder;
    – Materiais de propriedade da empresa e em poder de terceiros;
    – Materiais de propriedade de terceiros em poder da empresa.
  • A lista de materiais padrão de todos os produtos fabricados na produção própria e em terceiros.

O que a indústria deve fazer para se adequar ao Bloco K?

A palavra de ordem para iniciar a adequação de sua empresa ao Bloco K é planejamento. Analisar e planejar a adequação dos seus processos de gestão da produção às exigências do fisco são o inicio certo para quem deseja entregar o SPED Fiscal com todas as informações, de forma tranquila e sem erros.

Quem deve gerar e transmitir as informações do Bloco K?

A responsabilidade pela geração e transmissão do SPED Fiscal e do Bloco K é da empresa. Para isso, o gestor pode contar o auxílio de um contador ou de um escritório de contabilidade de confiança e especializado no segmento industrial.

Além disso, adotar um bom software de gestão que integre todos os setores da empresa, como controle de estoque, produção e também gere o Bloco K dentro do SPED Fiscal pode ser um aliado importante para simplificar o trabalho de toda a equipe.

E a sua empresa, já esta adequada ao Bloco K? Ainda ficou com alguma dúvida? Não deixe de comentar este artigo e dividir conosco suas experiências!

Filipe Elidio

Filipe Elidio é especialista em Gestão da Tecnologia da Informação, Gestor Comercial, especialista em educação e possui certificação Linux Essential. Com experiência de 14 anos no mercado de tecnologia, participou de diversos projetos.